Desde o início do isolamento social, o consumo de internet no Brasil e no mundo se modificou. Segundo levantamento do Portal de Planos — que compara ofertas de internet, celular, TV e telefone — a procura por pacotes de internet fixa subiu 16,97% no período de março a abril de 2020 em relação ao ano passado.
Além da alta geral em todo o país, o número foi ainda maior no estado de São Paulo, que apresentou crescimento de 41,5% em apenas um mês:
São Paulo – 41,5%
Rio de Janeiro – 10,8%
Minas Gerais -7,6%
Paraná – 6,1%
Rio Grande do Sul – 5,6%
Outros estados – 28,4%
Para o especialista de marketing digital, Yuri Kaminski, os dados são um reflexo da permanência dos usuários em casa. “O isolamento social mostrou a todos o quanto é importante ter em casa um serviço de internet de qualidade, seja para trabalhar em home office, para estudar, assistir a filmes e a séries, seja para falar com os amigos e familiares. Também percebemos um crescimento na procura por melhorias nos planos atuais nos últimos meses”, destacou.
Os dados corroboram com os números apresentados pelas operadoras em seus resultados financeiros. A Vivo, por exemplo, registrou aumento de 30,4% na divisão de fibra óptica, com 2,65 milhões de acessos no primeiro trimestre. A TIM também relatou aumento de 20,2% na sua base de assinantes de internet fixa no mesmo período.
Mudança no mobile
Segundo o levantamento do Portal de Planos, a procura por pacotes móveis caiu 10,28%. Novamente, Kaminski associa a redução ao isolamento social: “Essa queda pode estar relacionada ao fato de as pessoas estarem mais em casa do que na rua e, por isso, não precisaram contratar ou aumentar seus planos de telefonia móvel”.
As operadoras também apontam para mudanças na preferência do público, que está adotando mais planos pós-pagos do que os pré-pagos. No caso da Vivo, houve aumento de 6,6% no número de assinantes em pacotes pós-pagos, com queda de 4,6% no de usuários de planos pré-pagos, no comparativo anual. A TIM também registrou cenário semelhante: no setor de pré-pagos houve queda de 9,7% no comparativo anual, com crescimento de 5,3% no número de clientes pós-pagos.